quarta-feira, 11 de maio de 2011

Um gole d'água, acalma?

Sabe quando a gente tenta, tenta desesperadamente e não adianta. A gente apaga o telefone (que sabe de cor), deleta o e-mail , tenta fugir dos amigos que vão tocar no assunto, mas nada resolve. Está em tudo. Mesmo que eu não procure, não há nada que cure. Não passa, não vai embora. Fica. Não apaga.  Não é apenas registro, é vivência. Não dá pra mudar, pra esquecer ou modificar. O cheiro entranhou. As brincadeiras, os telefonemas, os e-mails, meus abusos, seus sorrisos, minha paciência, suas teimosias, meus exageros, suas provocações. Eu não consigo me separar, enterrar, só escrever. Escrever pra dizer que você fica. Que não consigo me despedir da tua simetria.Você caminha por todo apartamento. A cadeira preta de pesca da sala, virou divã. Minha imaginação conhece cada pedaço teu. Eu falo contigo até dormindo, isso quando durmo. Sabe aquelas dores de cabeça? Não foram embora ainda. Também sinto enjôo. Respiro fundo. Tomo um copo d'água na esperança de engolir esse nó da garganta. Procurei em todas as minhas gavetas e não encontrei o mapa de fronteiras entre aqui e aí. Algo me diz (ouvindo as letras do Fernando Anitelli), que devo procurar com calma, a outra parte do meu espírito que sumiu. Alguém o viu ?

Saiu pra comprar um doce de leite e até Agora.....



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